O tempo passa a uma velocidade estonteante. O nosso dia-a-dia é uma correria, há imensas coisas a fazer, parar parece ser algo proibido. Desde que nos levantamos até ao deitar o dia escorre-se em afazeres. Seja o trabalho, os filhos, o marido ou a mulher, o pai, a mãe, aquela amiga que precisa da tua ajuda, há sempre alguém a precisar de ti, da tua atenção.

E tu? Quando é que dás atenção a ti próprio? Será que paramos um bocadinho para pensar sobre aquilo que cada um de nós precisa? Aquilo que cada um de nós quer, ou melhor, aquilo que cada um de nós gosta?

A propósito desta questão, li um livro há uns tempos, onde o autor sugeria que os leitores enumerassem uma lista de 10 coisas que gostassem de fazer sozinhas. Tenho de confessar, quando tentei fazer a minha lista não passei dos 6 itens, mas com o tempo fui-me debruçando sobre o assunto e hoje em dia, conto mais de 10 sem grande dificuldade. São coisas simples como ler um livro, ouvir uma musica ou dar uma caminhada, mas que me devolvem uma paz interior incrível. Coisas pequeninas que me obrigo a fazer, nem que seja 5 minutos por dia e que me têm ajudado imenso.

Atenção, eu não estou a sugerir que de repente paremos de dar atenção aos outros ou que deixemos os nossos afazeres. Eu continuo a ser mãe e a enfrentar a fila do supermercado. Aquilo que quero dizer é que podemos e devemos reservar tempo para nós próprios. Se tu não estás bem contigo próprio, como podes estar bem com os outros? Como podes fazer alguém feliz, se tu nem sequer sabes o que te faz feliz? Aquilo que te coloca em êxtase.

A maioria das pessoas que acompanho enquanto coach, chega à primeira sessão com a intenção de melhorar a sua auto-estima, a sua confiança, a sua capacidade de tomar decisões, de um modo geral podemos dizer que são pessoas que querem melhorar a sua liderança pessoal. Infelizmente para mim e para estas pessoas não existe nenhum remédio que possamos tomar e que nos transforme em pessoas superconfiantes que sabem sempre o que fazer, seja qual for a ocasião. Mas podemos começar por perceber aquilo que nos dá tranquilidade, nos dá harmonia, que nos dá serenidade. Claro que cada pessoa é uma pessoa e cada um tem as suas preferências. Há pessoas que encontram a paz fazendo meditação, outras há que encontram a mesma paz, correndo. O importante é que cada um se conecte consigo próprio, encontre o seu eu, a sua alma, a sua essência. Porque uma pessoa conectada é uma pessoa realizada e acima de tudo é uma pessoa de bem com a vida.

Categories: Coaching

2 Comments

Cristina · May 28, 2019 at 8:12 pm

Gostei e assino por baixo, o problema é pôr em prática. realmente não direi que fosse difícil
mas a estrutura familiar neste momento torna-se difícil por diversos fatores. No entanto consigo em algum momento retirar-me e por vezes fazer uma introspecção mas não passa
por aí.. obrigada Rute vamos falando. quanto ao seu blogue eu imprimi-o e ando a lê-lo aos poucos. Cara a cara seria bem melhor pois por aqui fica muito por dizer.. GRATA 🙂 bj

    Rute Vidigal · May 30, 2019 at 9:11 pm

    Obrigada pelo seu comentário Cristina.
    Podemos sempre fazer uma videochamada para nos vermos cara a cara.
    Um abraço.

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